terça-feira, 30 de julho de 2013

MTG libera boina, jaqueta e mantém bombacha sem favos

por Giovani Grizotti |



Convenção do MTG encerrada neste domingo. Foto: Giovani Grizotti

Numa época em que certas regras tradicionalistas são questionadas pela sua rigidez, venceu o bom senso: por imensa maioria, conselheiros do MTG e coordenadores de regiões rejeitaram a proposta de obrigar a presença de favos nas laterais de bombachas, em competições. A idéia foi examinada durante a convenção realizada no fim de semana, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre.

O argumento da proponente, que é conselheira da 23a RT, é forçar os laçadores e utilizar a bombacha larga, exigida pelas regras atuais. A relatora da proposta, ao se posicionar contra, argumentou que não se pode negar a origem do traje típico do gaúçho que, em certas regiões, não utiliza o favo.

Também contrário, o coordenador da 27a RT, Everaldo Dutra, foi prático. “Todos nós sabemos que está sendo criado algo paralelo ao nosso movimento (Federação Gaúcha de Laço). Agindo assim, dificultando a participação do nosso pessoal (em competições), mais força vamos dar pra quem está aí fora”, argumentou Dutra.

Durante a convenção encerrada neste domingo, foi aprovada a inclusão da boina e da jaqueta como integrantes da pilcha campeira. No caso da jaqueta, precisa ter botões e punhos, e não pode ser de nylon ou couro. E não vale para eventos oficiais, como fandangos, condição que se aplica também à boina.

Também foram alteradas algumas regras do Enart. Entre as novidades, está a criação de um troféu ao CTG que mais somar pontos durante o Encontro, incluindo todas as categorias. A proposta é de Jeandro Garcia, diretor da academia Fandangueiros da Tradição. Ele argumentou que o objetivo é estimular e valorizar os talentos individuais de cada entidade.


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